Por Izabel Gimenez | 25 de fevereiro de 2019

No último domingo (24), ocorreu o encerramento da reunião sobre abuso sexual de crianças por clérigos da igreja católica. O Papa Francisco chegou a comparar o abuso infantil com as práticas de sacrifícios humanos que aconteciam no passado. No encontro histórico estavam 190 lideranças da Igreja Católica de diferentes países.

O Pontífice aproveitou para dizer sobre uma intenção de criar um documento para ajudar bispos a lidar com situações parecidas: “Reforçar a prevenção e a luta contra os abusos no Vaticano”. Não é segredo que a Igreja vem sofrendo muita pressão em relação a esse assunto nos últimos anos. Em 2018, todos os bispos chilenos renunciaram ao cargo depois de um escândalo de abusos.

“Gostaria de reafirmar com clareza: se na Igreja for descoberto um só caso de abuso – que em si mesmo já representa uma monstruosidade -, este caso será enfrentado com a máxima seriedade“, reafirmou Francisco. Os abusadores foram chamados de instrumento de satanás pelo Papa.
Os casos acobertados por lideranças da Igreja também foram pauta da reunião. O Arcebispo de Malta comentou: “Por décadas, temos nos concentrado em crimes – insistentes -, mas agora chegamos à conclusão que o acobertamento é do mesmo modo ultrajante”. O Cardeal alemão Reinhard Marx admitiu ter destruído os documentos sobre abusadores: “Os arquivos que documentaram esses atos terríveis e indicam os nomes dos responsáveis foram destruídos”.

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