Nesta terça-feira, 1° de agosto, a Netflix anunciou o trailer de mais uma de suas produções documentais sobre um crime que abalou o Brasil: ‘Isabella: o Caso Nardoni’, que estreia na plataforma no próximo dia 17 de agosto. ‘Isabella: o Caso Nardoni’ contará a história através do olhar de Ana Carolina Oliveira, mãe da jovem, e de seus avós. A produção ainda mostrará as versões divergentes entre advogados de defesa, jornalistas e a perícia.
“Em 2008, o assassinato de Isabella Nardoni parou o Brasil. A menina de 5 anos de idade foi atirada pela janela do apartamento de seu pai e da madrasta, em São Paulo. Entre o crime e a condenação há detalhes pouco conhecidos”, diz a sinopse da produção.
“Quando eu realmente vi que ela não tinha sobrevivido, a única coisa que eu consegui falar no ouvido dela foi: ‘Você pode ir. Vai em paz, que eu vou cuidar de tudo que aconteceu aqui”, desabafou Ana Carolina Oliveira, aos prantos. “A decisão da Justiça foi exibida na televisão e parecia final de Copa do Mundo”, recordou ela. Rosa Oliveira, avó materna de Isabella, também lamentou: “Jogaram o amor da sua vida pela janela”.
O documentarista e ex Casseta & Planeta Cláudio Manoel é o responsável pela direção da produção, junto a Micael Langer. Enquanto Rodrigo Letier, Manfredo Barretto, Roberta Oliveira e Anna Julia Werneck ficam encarregadas pela produção executiva. O roteiro do projeto, por sua vez, é Cláudio Manoel, Micael Langer e Felipe Flecha.
Veja o trailer:
O documentário ainda conta com a consultoria do jornalista Rogério Pagnan e da criminóloga Ilana Casoy, que atuou na investigação de Nardoni, na análise de mais de 6 mil páginas de processo, 118 horas de gravação de entrevistas e mais de 5 mil itens de arquivo fotográfico vindo da mídia e acervo pessoal da família.
“Se minha filha não volta para casa, eles também não deveriam voltar”
A mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira, de 39 anos, estava dirigindo quando descobriu que Anna Carolina Jatobá seria solta da prisão.
Em entrevista à Folha, ela afirmou que precisou parar o carro para retomar a consciência após ficar abalada com a notícia. “Sabia que esse dia chegaria, só não que tão rápido. Nunca estamos preparados para isso, né? Senti tristeza. Muita Tristeza”, disse Oliveira. “Se minha filha não volta para casa, eles [os condenados] também não deveriam voltar.”
Ao G1, Ana Carolina Oliveira também comentou sobre a evolução da pena: “Não tenho muito o que falar. Triste a decisão. Lamentável saber que nossa lei dá esses direitos”.