Por Beatriz Possebon | 6 de fevereiro de 2025

A amamentação é um momento incrível de conexão entre mãe e bebê, além de ser essencial para a nutrição do seu filho. Mas quando surge a necessidade de tomar um remédio, muitas dúvidas aparecem: será que pode? Vai fazer mal ao bebê? Preciso interromper a amamentação? Calma! Vamos esclarecer tudo de um jeito simples e direto.

Nada de se automedicar! Sempre consulte um especialista para saber se há risco em tomar algum medicamento (Foto: Freepik)

Como os medicamentos afetam o leite materno?

A maioria dos remédios que tomamos pode, de alguma forma, passar para o leite materno. Mas isso não significa que todos sejam perigosos para o bebê. O impacto depende de vários fatores, como:

  • A idade do bebê (recém-nascidos costumam ser mais sensíveis do que bebês mais velhos);
  • A dose e o tipo de medicamento;
  • A frequência e o tempo de uso;
  • A forma como o remédio é metabolizado pelo corpo.

Os possíveis efeitos colaterais no bebê variam de leves, como mudanças no sono, até sintomas mais perceptíveis, como diarreia ou irritabilidade. Mas a boa notícia é que muitos medicamentos podem ser usados com segurança, desde que haja orientação médica.

Quais medicamentos são seguros na amamentação?

Alguns remédios já são bem estudados e considerados seguros para quem amamenta. Entre eles:

  • Paracetamol e ibuprofeno: são analgésicos comuns e geralmente não apresentam riscos quando tomados na dosagem recomendada;
  • Antibióticos como amoxicilina e cefalexina: em geral, são compatíveis com a amamentação;
  • Anti-histamínicos como loratadina: usados para alergias, costumam ser seguros;
  • Anticoncepcionais à base de progesterona: não interferem na produção de leite.

Já outros medicamentos exigem mais cautela. A dipirona, por exemplo, não é a primeira opção para mães de bebês muito pequenos, pois ainda faltam estudos conclusivos sobre sua segurança. A aspirina também levanta dúvidas e deve ser evitada sem recomendação médica.

O que fazer se você usa medicamentos contínuos?

Se você tem uma condição crônica, como diabetes, asma ou ansiedade, interromper o tratamento sem orientação pode ser um grande risco. Felizmente, muitos tratamentos podem ser ajustados para garantir tanto a sua saúde quanto a do bebê. O segredo está em conversar com seu médico para encontrar a melhor alternativa.

E se o medicamento não for compatível?

Em alguns casos, pode ser necessário interromper a amamentação temporariamente. Mas calma! Isso não significa que você precisa desmamar seu bebê. Algumas estratégias podem ajudar:

  • Ordenhe e armazene leite antes de iniciar o tratamento para garantir que o bebê tenha estoque suficiente;
  • Converse com um profissional de saúde para avaliar alternativas seguras;
  • Consulte um banco de leite humano para orientações especializadas.

A amamentação pode ser desafiadora, mas proporciona um momento único de ligação com seu bebê (Foto: Freepik)

O equilíbrio entre saúde e amamentação

Cuidar de um bebê exige muita dedicação, mas a sua saúde também precisa de atenção. A boa notícia é que, com a orientação certa, é possível equilibrar a necessidade de um tratamento com a continuidade da amamentação. Mantenha o diálogo com seu médico e utilize fontes confiáveis, como bancos de dados sobre medicamentos e lactação.

Além disso, lembre-se de que cada caso é único. O que funciona para uma pessoa pode não ser adequado para outra. Por isso, nunca se automedique ou interrompa um tratamento por conta própria. A decisão deve ser tomada com base na avaliação de um profissional qualificado.

Outro ponto importante é a alimentação e hidratação adequadas. Uma boa nutrição contribui para a produção de leite e ajuda seu corpo a lidar melhor com possíveis efeitos colaterais de medicamentos. Portanto, manter hábitos saudáveis também faz parte desse processo.

Com informação e apoio, você pode seguir com a amamentação de forma segura, garantindo o seu bem-estar e o do seu bebê!