Por Renata Patriota | 26 de fevereiro de 2025

Já imaginou descobrir, em um ultrassom, que está esperando dois bebês concebidos em momentos diferentes? Isso pode ocorrer devido à superfetação, um fenômeno raro no qual uma mulher engravida novamente enquanto já está gestante.

Esse evento acontece quando o corpo continua ovulando após a primeira concepção e ocorre uma nova fecundação. A segunda gravidez pode acontecer até quatro semanas depois da primeira. Apesar dessa diferença, os bebês geralmente nascem juntos, como se fossem gêmeos.

Como é feito o diagnóstico?

A superfetação pode ser identificada por ultrassom, ao notar uma diferença no desenvolvimento dos embriões. Se um apresenta um estágio mais avançado que o outro, isso pode indicar que a concepção ocorreu em momentos distintos.

Especialistas apontam que esse fenômeno é extremamente raro e difícil de comprovar. A ausência de dados concretos torna difícil determinar sua frequência.

Grávida fazendo ultrassonografia obstétrica /Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Fato ou ficção?

Embora pareça improvável, a superfetação é real. Em casos excepcionais, os bebês podem até ter pais diferentes, caso a mulher tenha relações com mais de um parceiro nesse período.

Diferente da gestação de gêmeos fraternos, onde dois óvulos são fertilizados ao mesmo tempo, na superfetação a fecundação acontece em ocasiões distintas.

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Existe risco para a mãe ou os bebês?

Como a segunda gestação ocorre em um útero já adaptado à primeira gravidez, pode haver desafios no desenvolvimento fetal. A diferença de tempo entre as concepções pode impactar o parto, pois um bebê pode estar mais maduro que o outro. Por isso, a supervisão médica é essencial para garantir que ambos os bebês tenham um nascimento saudável.

A reprodução humana guarda mistérios impressionantes, e a superfetação é um deles. Para uma gestação segura, é essencial o acompanhamento médico e exames regulares.