Por Beatriz Possebon | 4 de março de 2025

A alergia alimentar é um daqueles assuntos que deixam qualquer responsável de cabelo em pé. Isso porque uma simples mordida em um alimento aparentemente inofensivo pode causar reações inesperadas e até perigosas. Mas afinal, quais são os grandes vilões dessa história?

A resposta está no sistema imunológico, que em algumas pessoas reage de forma exagerada a determinados alimentos. O corpo identifica esses ingredientes como uma grande ameaça e entra em estado de alerta máximo, resultando em sintomas que vão desde coceira e inchaço até dificuldades para respirar e anafilaxia, uma reação grave que exige atendimento médico imediato.

Quer entender melhor quais alimentos podem causar alergias e como agir em caso de reação? Continue lendo.

Quais alimentos são os mais alergênos?

Se você pensou em leite e amendoim, acertou! Mas a lista é um pouco maior e inclui também:

  • Leite de vaca
  • Ovos
  • Soja
  • Trigo
  • Amendoim
  • Castanhas (como nozes, amêndoas e castanha-de-caju)
  • Peixes
  • Frutos do mar (como camarão, lagosta e caranguejo)

Entre as crianças, é comum que alergias a leite, ovos, soja e trigo diminuam com o tempo, enquanto alergias a amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar tendem a ser mais persistentes e podem durar a vida toda.

Nos últimos anos, tem se observado um aumento nas alergias a sementes e frutas, deixando muitos especialistas em alerta. Por isso, qualquer sinal diferente após a ingestão de um alimento merece atenção.

Como identificar uma alergia alimentar?

Os sintomas podem aparecer logo após o consumo do alimento e variar de pessoa para pessoa. Entre os sinais mais comuns estão:

  • Urticária (manchas vermelhas na pele)
  • Coceira intensa
  • Inchaço no rosto, lábios ou língua
  • Problemas gastrointestinais, como dor de barriga, diarreia ou vômito
  • Dificuldade para respirar
  • Anafilaxia (reação grave que pode levar ao fechamento da garganta e queda de pressão)

Se desconfiar de alergia alimentar, é importante procurar um especialista. Os testes de alergia (como exames de sangue e testes cutâneos) podem ajudar no diagnóstico, mas sempre sob orientação médica.

Alergia à Proteína do Leite de Vaca é uma das mais comuns no primeiro ano de vida do bebê (Foto: Getty Images)

Quais são os riscos de uma alergia alimentar?

Enquanto algumas reações são leves, outras podem colocar a vida em risco. A anafilaxia é a complicação mais perigosa, exigindo intervenção rápida com a aplicação de adrenalina e atendimento médico imediato.

Por isso, quem tem alergia alimentar deve evitar completamente o alimento que causa a reação e sempre ter um plano de emergência bem definido. Em casos de histórico de reações graves, a adrenalina autoinjetável pode salvar vidas.

Como lidar com a alergia alimentar no dia a dia?

Conviver com alergia alimentar exige atenção redobrada, mas com alguns cuidados, é possível manter a rotina sem grandes sustos:

  • Leia sempre os rótulos dos produtos, pois traços do alimento alergênico podem estar escondidos.
  • Informe familiares, amigos e escolas sobre a alergia.
  • Se alimentar fora de casa? Pergunte os ingredientes e possíveis contaminações cruzadas.
  • Tenha um plano de emergência para reações inesperadas.

A prevenção é o melhor caminho para evitar complicações! Ao primeiro sinal de reação, busque orientação médica para garantir um diagnóstico correto e um tratamento adequado. Com informação e cuidado, é possível viver com segurança e bem-estar!