Por Beatriz Possebon | 20 de março de 2025

O que faz você se sentir feliz? Um momento de carinho com quem ama, um dia de sol, uma boa risada ou até aquele chocolate irresistível? A felicidade pode até parecer um mistério, mas a ciência mostra que ela tem um componente químico poderoso dentro do nosso cérebro: os neurotransmissores da felicidade! No Dia Internacional da Felicidade, comemorado em 20 de março, vale a pena entender como nosso corpo funciona para proporcionar essa sensação tão desejada.

Quais são os neurotransmissores da felicidade?

A felicidade é um verdadeiro trabalho em equipe no nosso organismo! Quatro neurotransmissores desempenham papéis fundamentais nesse processo:

  • Dopamina: Conhecida como o “neurotransmissor da recompensa”, é responsável pela motivação e pela sensação de prazer.
  • Serotonina: Fundamental para o equilíbrio emocional, regula o humor e está ligada à sensação de bem-estar.
  • Endorfina: Além de aliviar a dor, está associada ao prazer e é liberada principalmente durante atividades físicas.
  • Ocitocina: Popularmente chamada de “hormônio do amor”, fortalece vínculos afetivos e promove a conexão interpessoal.

“A felicidade não é apenas um estado emocional subjetivo, ela é resultado de processos bioquímicos que acontecem no nosso cérebro”, explica o neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Como estimular os hormônios da felicidade?

A boa notícia é que você pode estimular a produção desses neurotransmissores de forma natural. Veja como!

1. Alimente-se bem

Certos alimentos contribuem para a produção da serotonina, como ovos, leite, queijo, salmão e chocolate amargo. O triptofano, presente nesses alimentos, é um aminoácido essencial para a produção do neurotransmissor.

2. Movimente-se!

Exercícios físicos são um gatilho poderoso para a liberação de endorfina e dopamina. “A prática regular de atividades físicas é essencial para manter um equilíbrio entre corpo e mente”, destaca a neurocirurgiã Tatiana Vilasboas.

3. Aproveite a luz do sol

Tomar sol não só melhora o humor, como também contribui para a produção de serotonina. Alguns minutos de exposição diária podem fazer uma grande diferença no bem-estar.

Endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina são os chamados hormônios da felicidade (Foto: Getty Images)

4. Cultive bons relacionamentos

O contato físico e emocional com amigos e família estimula a produção de ocitocina, essencial para criar laços afetivos. “O que desejamos é que as crianças cresçam em um ambiente seguro emocionalmente. Por isso, o convívio familiar e o afeto são fundamentais”, ressalta a endocrinologista Andressa Heimbecher.

5. Pratique a gratidão e o voluntariado

Atos de gentileza e generosidade estimulam a liberação de dopamina e ocitocina, promovendo sensações duradouras de felicidade. Estudos mostram que ajudar os outros pode ser tão recompensador quanto receber ajuda.

O que acontece quando os hormônios da felicidade estão em baixa?

Quando há um desequilíbrio na produção desses neurotransmissores, podem surgir sintomas como:

  • Depressão e oscilações de humor;
  • Dificuldade para dormir;
  • Falta de energia e desmotivação;
  • Isolamento social;
  • Problemas de memória e concentração.

Se esses sinais persistirem, é importante buscar orientação profissional para encontrar as melhores estratégias de equilíbrio emocional.

Felicidade é equilíbrio!

A felicidade não é um destino final, mas um conjunto de experiências que variam ao longo da vida. “A expressão popular de ser feliz está mais relacionada ao equilíbrio mental e físico, ou seja, à homeostase”, destaca o Dr. Fabiano. Cultivar bons hábitos e estar atento às necessidades do corpo e da mente é a melhor forma de garantir uma vida mais leve e feliz.