Por Marilia Navarro | 8 de maio de 2025

A fumaça branca que sinaliza a escolha do novo papa começou a sair exatamente as 13h08 no horário de Brasília. O nome do líder católico eleito é o americano, nascido em Chicago (Illinois) Robert Francis Prevost, com o nome adotado Leão XIV, de liderança agostiniana.

O pontífice tem 69 anos.  Antes de eleito era frei, bispo emérito de Chiclayo, no Peru, e cardeal da Cúria Romana da Igreja Católica. Ele foi nomeado Prefeito do Dicastério para os Bispos em janeiro de 2023 e substituiu seu predecessor, o cardeal Marc Ouellet, em abril do mesmo ano.

Após umas horas na espera, o nome finalmente foi divulgado e o sucessor do papa Francisco se apresenta na sacada da Basílica de São Pedro para a sua primeira aparição pública e saudação dos fiéis do mundo inteiro. O conclave teve início na última quarta-feira, 07 de maio. A primeira oração acontece logo na Praça São Pedro e se inicia mais um papado.

Leão IXV (Foto: Reprodução / Vaticannews)

Como aconteceu a votação?

Após a morte e o sepultamento do papa Francisco, a Igreja Católica entrou num período chamado Novendiales, que são nove dias de luto e orações. Só depois começa a eleição. E foi numa reunião entre cardeais no dia 28 de maio, que ficou decidido que o conclave começaria dia 7 de maio.

Esse tipo de reunião é chamada de Congregação Geral, e durou três horas e meia. Dos 180 cardeais que participaram, 133 têm direito a voto. E, entre eles, estão sete brasileiros.

Como funciona essa votação?

O conclave é um processo antigo, cheio de rituais e muito silêncio. Os cardeais ficam isolados dentro do Vaticano, na famosa Capela Sistina, e não podem ter nenhum tipo de contato com o mundo externo. Isso inclui celular, jornal, televisão… Nem sinal de Wi-Fi por lá.

A votação acontece em clima de absoluto segredo. Cada cardeal escreve o nome do seu escolhido em uma cédula, que depois é queimada.

O Brasil tinha 7 cardeais votantes

No conclave, 7 cardeais representaram o Brasil, também com possibilidade de eleição, e são eles:

  • Sérgio da Rocha (arcebispo de Salvador)
  • Jaime Spengler (arcebispo de Porto Alegre)
  • Odilo Scherer (arcebispo de São Paulo)
  • Orani Tempesta (arcebispo do Rio de Janeiro)
  • Paulo Cezar Costa (arcebispo de Brasília)
  • João Braz de Aviz (arcebispo emérito de Brasília)
  • Leonardo Ulrich Steiner (arcebispo de Manaus)

Todos eles participaram das votações e poderiam ser eleitos, afinal, qualquer cardeal com menos de 80 anos pode virar papa e não tem nacionalidade preferida.