Por Marilia Navarro | 23 de junho de 2025

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, está desaparecida após sofrer uma queda enquanto percorria uma trilha no monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, Indonésia. Em meio à angústia e incertezas, a família afirma que as informações oficiais sobre o resgate da jovem são incorretas.

Autoridades divulgaram informações incorretas, diz irmã

Mariana Marins, irmã de Juliana, falou publicamente neste domingo (22) sobre a situação enfrentada. De acordo com ela, não é verdade que a jovem tenha recebido mantimentos ou auxílio no local onde está.

“A gente ficou muito apreensiva quando soubemos que disseram que Juliana recebeu água, comida e roupa. Isso não é verdade”, afirmou Mariana. Segundo ela, a equipe de resgate sequer conseguiu alcançar a irmã devido à dificuldade do terreno e à visibilidade limitada.

Supostos vídeos de resgate seriam encenação

Outro ponto preocupante para a família foi a circulação de imagens que, supostamente, mostrariam Juliana sendo socorrida. No entanto, Mariana garante que os vídeos são falsos e foram divulgados com a intenção de gerar uma impressão equivocada.

“Divulgaram vídeos dizendo que tinham encontrado ela. Tudo mentira. Montaram um cenário pra parecer que o socorro aconteceu, mas isso não corresponde à realidade”, disse.

Buscas foram interrompidas por mau tempo

No início da noite de domingo na Indonésia, a família foi informada que as operações de busca haviam sido temporariamente suspensas. As condições climáticas impediram o avanço da equipe que tentava alcançar Juliana.

Ela foi vista pela última vez no sábado (21), por volta das 17h30 (horário local). A imagem mais recente da jovem foi captada por um drone utilizado por turistas que estavam na região. Nessa gravação, é possível vê-la caída na trilha — e essas imagens, segundo a família, são autênticas.

Juliana estava em trilha com grupo e foi deixada para trás

De acordo com o relato de Mariana, Juliana fazia parte de um grupo formado por cinco turistas e um guia local. Era o segundo dia de caminhada rumo ao topo do vulcão quando Juliana avisou que não tinha mais forças para seguir.

O que causou revolta na família foi o comportamento do guia. “Disseram pra gente que o guia ficou com ela e que ela tropeçou. Mas não foi isso que ocorreu. Ele apenas falou ‘então descansa’ e continuou subindo. Ela ficou sozinha e ninguém voltou”, contou a irmã, indignada.

Mariana afirma que a irmã entrou em desespero ao perceber que havia sido deixada para trás e, em meio ao medo e cansaço, acabou caindo. A família acredita que houve negligência por parte dos responsáveis pela trilha.

Família busca apoio e pede verdade

Enquanto aguardam notícias concretas, os familiares de Juliana seguem pedindo apoio das autoridades brasileiras e maior transparência nas informações. Mariana tem utilizado as redes sociais para mobilizar ajuda e desmentir boatos que surgem sobre o caso.

A situação de Juliana mobilizou internautas e pessoas preocupadas com a segurança de viajantes independentes em trilhas pelo mundo. O caso acende o alerta sobre os riscos de aventuras em áreas de difícil acesso sem a devida preparação e suporte local.