Por Marilia Navarro | 15 de julho de 2025

Um episódio dramático vivido por mãe e filha no município de Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), terminou com um desfecho positivo graças à ação rápida de um vizinho atento. As duas mulheres ficaram presas em um quarto do próprio apartamento por cerca de dois dias, até conseguirem pedir ajuda de forma inusitada: jogando bilhetes pela janela.

Pedido de socorro escrito à mão

Tudo começou na manhã da quinta-feira, 10 de julho, quando uma das mulheres saiu de casa rapidamente para comprar medicamentos. Ao retornar, encontrou o imóvel invadido por um homem conhecido da família. A porta havia sido deixada destrancada, facilitando a entrada do criminoso.

Segundo relatos, o agressor imobilizou as duas com abraçadeiras plásticas nos pés e as manteve trancadas em um dos cômodos da residência. Durante o tempo em que ficaram sob o controle do suspeito, ele exigiu que assinassem dois cheques: um no valor de R$ 8 mil e outro de R$ 50 mil. Além disso, se apossou dos cartões bancários e senhas das vítimas.

O bilhete enviado pelas vítimas (Foto: Reprodução PM/PR)

Mensagem discreta levou à salvação

No sábado, 12 de julho, após quase 48 horas de confinamento, a filha conseguiu jogar bilhetes manuscritos pela janela do apartamento. Um dos papéis encontrados trazia o seguinte pedido:

“Quero pedir socorro, pois estou em cárcere privado desde quinta [10/7] pela manhã. Eu e minha mãe. Se a polícia vier, sem alarde, por favor. É melhor entrarem pela sacada! Avise o condomínio. Obrigada!”

O recado foi lido por um morador do prédio, que imediatamente acionou a polícia. A ação rápida das autoridades resultou no resgate das vítimas e na prisão do suspeito em flagrante.

Criminoso foi localizado em imóvel vizinho

O homem tentou fugir, mas foi encontrado em um apartamento ao lado. Com ele, os agentes localizaram diversos itens que comprovam o crime: abraçadeiras, ferramentas, rolos de fita adesiva, o celular de uma das vítimas e R$ 2,7 mil em espécie. A polícia agora investiga se ele tinha cúmplices ou se já havia cometido crimes semelhantes anteriormente.

A Justiça determinou a prisão preventiva do suspeito, e o caso continua sendo apurado pelas autoridades locais.