Por Anna Araújo | 24 de outubro de 2025

Mesmo sendo pouco conhecida, a trombose infantil é uma condição que pode atingir crianças de todas as idades.

Apesar de pouco frequente, ela pode causar complicações graves e deixar sequelas permanentes. Por isso, entender quais fatores aumentam as chances de uma criança desenvolver a doença é essencial para agir de forma preventiva.

Pensando nisso, trouxemos informações concedidas pelo Dr. Tomaz Crochemore.

O que é trombose infantil?

A trombose acontece quando um coágulo bloqueia a passagem normal do sangue dentro de um vaso sanguíneo.

Essa obstrução pode ocorrer em artérias ou veias, mas os casos mais comuns envolvem as veias profundas.

De acordo com o Dr. Tomaz, médico intensivista e doutor em coagulação e hemostasia, a trombose é uma das principais causas de morte no mundo.

Por que a trombose pode surgir na infância

O corpo infantil é mais sensível a alterações circulatórias, especialmente em situações em que há imobilidade, inflamação ou doenças de base.

De acordo com o Dr. Crochemore, quanto maior o tempo de hospitalização, maior é o risco de o sangue circular lentamente e formar coágulos.

Por isso, crianças internadas por longos períodos precisam de acompanhamento constante.

Hospitalização prolongada: um dos maiores riscos

A internação hospitalar é um dos principais fatores de risco para a trombose infantil.

Em alguns casos, durante o tempo em que a criança se encontra acamada, o sangue tende a circular de forma mais lenta.

Essa redução no fluxo pode favorecer a formação de coágulos, especialmente em pacientes que usam cateteres ou passam por cirurgias.

Além disso, o uso de medicamentos intravenosos e a limitação de movimentos podem intensificar o problema. O médico destaca que, em casos assim, a equipe de saúde deve observar atentamente os sinais iniciais da doença.

Doenças crônicas e autoimunes aumentam a vulnerabilidade

Crianças com doenças crônicas apresentam maior predisposição à trombose. Segundo o Dr. Crochemore, patologias autoimunes, como lúpus, inflamações sistêmicas e alguns tipos de câncer, alteram a composição do sangue e afetam a parede dos vasos.

Essas alterações dificultam a circulação e criam um ambiente favorável para o surgimento de coágulos. Apesar de o tratamento dessas doenças já exigir atenção, o risco de trombose torna o acompanhamento ainda mais delicado.

Obesidade infantil e estilo de vida

A obesidade também é um fator de risco importante. O excesso de peso prejudica o retorno venoso, aumenta a pressão nos vasos e favorece a inflamação do corpo.

De acordo com o especialista, o tecido gorduroso em excesso interfere na circulação e pode causar pequenas lesões nas paredes das veias. Com o tempo, essas lesões funcionam como pontos de formação de coágulos.

Por isso, uma rotina equilibrada, com alimentação saudável e prática regular de atividades físicas, é essencial desde cedo.

Infecções graves e cirurgias complexas

Infecções graves, principalmente aquelas que afetam o sangue ou causam inflamação generalizada, estão entre as causas mais frequentes da trombose infantil.

Durante uma infecção, o corpo libera substâncias que alteram a coagulação. Como resultado, o sangue pode se tornar mais espesso e propenso à formação de coágulos.

Da mesma forma, cirurgias extensas ou repetidas aumentam o risco de trombose, pois interferem na circulação e exigem períodos de recuperação em repouso.

Doenças genéticas e histórico familiar

Algumas crianças nascem com alterações genéticas que facilitam a coagulação excessiva do sangue. Essa condição, chamada de trombofilia, é um dos fatores hereditários mais relevantes.

De acordo com o Dr. Crochemore, quando existe um histórico familiar de trombose, o acompanhamento preventivo deve começar cedo.

Testes laboratoriais podem identificar alterações no sistema de coagulação e permitir um plano de cuidado personalizado.

Fatores que agravam o quadro

Mesmo condições mais comuns, como pressão alta e diabetes, também podem contribuir para o surgimento da trombose.

Embora raras em crianças, elas podem estar presentes em pequenos com síndromes metabólicas ou obesidade severa.

Como prevenir a trombose infantil?

A prevenção da trombose infantil depende da atenção aos fatores de risco. O Dr. Tomaz Crochemore recomenda que pais e responsáveis observem qualquer sinal de dor, inchaço ou vermelhidão nas pernas, especialmente em crianças hospitalizadas ou com doenças crônicas.

Manter uma alimentação equilibrada, incentivar o movimento e evitar longos períodos de inatividade são medidas simples, mas eficazes.

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