Por Ana Luiza Messenberg | 27 de junho de 2024

O juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, encarregado do caso da filha da atriz Samara Felippo, Alicia, de 15 anos, que foi vítima de racismo na escola, recuou a antiga decisão e decidiu escutar a garota, em uma audiência virtual na última terça-feira, dia 25 de junho. 

O advogado da equipe da artista, Hédio Silva Jr, confirmou a informação para Quem nesta quinta-feira, dia 27 de junho. A próxima audiência vai acontecer no final de julho.

Samara Felippo e filha
Samara Felippo e Alicia – Reprodução: Instagram

 

No começo de junho, o magistrado decidiu que Alicia poderia participar da audiência, mas apenas como ouvinte, sem o direito de ser ouvida. A defesa da atriz prontamente contestou a decisão.

A equipe jurídica de Samara enviou, então, a Quem, uma nota que argumentava que a atitude do juiz caracteriza abuso de autoridade e crime de prevaricação, que significa que algum ato do ofício foi praticado indevidamente. Os advogados entraram com medidas que resultassem no afastamento do juiz e recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal de Justiça para que a família conseguisse acessar processo, a filha da atriz pudesse testemunhar e a confissão, feita pelas agressoras, fosse considerada pelo juiz que assumisse o caso.

O que aconteceu? 

Em uma denúncia,Samara Felippo tomou uma atitude enérgica frente ao preconceito sofrido pela filha, de 15 anos. O caso ocorreu na escola Vera Cruz, situada na Zona Oeste de São Paulo.

Conforme relatos da atriz e informações confirmadas pela própria escola, duas estudantes do nono ano protagonizaram um ato discriminatório de racismo ao vandalizar um caderno pertencente à filha da atriz.

Samara Felippo
Samara Felippo expõe racismo sofrido pela filha por outras alunas – (Foto: reprodução/Instagram)

 

As páginas do caderno foram arrancadas e, em uma delas, foi escrita uma ofensa racial. Posteriormente, o material foi abandonado no setor de achados e perdidos da instituição. A resposta de Samara Felippo não se fez esperar: exigiu a expulsão das responsáveis pelo ato, classificando-o como inaceitável e um crime previsto por lei.

“Sim, pedi expulsão das alunas acusadas pois não vejo outra alternativa para um crime previsto em lei e que a escola insiste relativizar. Fora segurança e saúde mental da minha filha e de outros alunos negros e atípicos se elas continuarem frequentando escola. Não é um caso isolado, que isso fique claro”, afirmou em entrevista ao portal G1.