Por Letícia Iervolino | 8 de novembro de 2021

Régila Aguiar, de 34 anos de idade, resolveu fazer a primeira tatuagem em homenagem à mãe, Rojane Aguiar, de 71 anos, sobrevivente do coronavírus. A mulher precisou utilizar o capacete de respiração assistida Elmo para vencer a doença.

A mãe da farmacêutica foi diagnosticada com o vírus da Covid-19 em abril deste ano. Inicialmente, a pedagoga ficou uma semana na enfermaria, entretanto, devido ao agravamento dos sintomas, Rojane precisou ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Tatuagem na pele da filha em homenagem à mãe, sobrevivente da Covid-19
Tatuagem na pele da filha em homenagem à mãe, sobrevivente da Covid-19 (Foto: Reprodução Arquivo Pessoal)

Lá, a mulher foi uma das mais de dois mil cearenses que tiveram o auxílio do capacete de respiração assistida Elmo para sobreviver. O instrumento começou a ser idealizado logo no início da pandemia e ajudou Ceará, Maranhão e Amazonas a controlarem os picos de morte.

“No terceiro dia de UTI, fui surpreendida com uma videochamada do médico com ela no Elmo, sorrindo, dando tchau, dizendo a célebre frase dela: ‘está tudo bacana, bacana, bacana’. Eu chorei de emoção vendo aquele ser tão frágil e, ao mesmo tempo, tão forte ali, mostrando que ela é guerreira e tem força”, contou Régila durante entrevista exclusiva para o G1.

“Eu sempre quis uma (tatuagem) que tivesse um significado importante. E a imagem dela sorrindo no Elmo me marcou muito. É a verdadeira tradução de quem é ela. Uma guerreira, poço de fortaleza que eu queria ter e tento me inspirar”, afirmou a farmacêutica.

Apesar da mãe não ter gostado no início, logo depois que a filha explicou a mensagem por trás do desenho Rojane entendeu o ato como homenagem. “Ela ficou gritando comigo, mas, quando contei o simbolismo, viu com outros olhos e entendeu. Para minha mãe, o coração que está em cima do capacete representa o amor entre ela, eu e minha irmã (Raquelle)”, conclui.