Por Cinthia Calsinski | 10 de abril de 2024

O uso seguro de medicações na amamentação não costuma ser tranquilo nem para quem prescreve, nem para quem precisa se tratar. A maioria das classes de medicamentos tem opções seguras para o bebê, e para auxiliar na melhor escolha pelo profissional, assim como trazer segurança emocional para a lactante, gosto de indicar a pesquisa no site e-lactância onde com o princípio ativo do medicamento você obtém a resposta se é compatível com a amamentação, inclusive ele categoriza como baixo, médio e alto risco, explicando características importantes de cada medicamento.

Algumas drogas podem não ser seguras para o bebê e, por isso, no momento de um diagnóstico de câncer com indicação de quimioterapia, a mãe infelizmente é orientada a interromper a amamentação. Sim, a quimioterapia, um dos tratamentos para diversos tipos de câncer é mesmo incompatível com a lactação.

Segurando bexiga
Caso a mulher esteja em tratamento contra um câncer, a amamentação fica comprometida – (Foto: Getty Images)

 

Se houver a necessidade de tratamento na gestação, existem algumas opções que não ultrapassam a barreira placentária e podem ser utilizadas, mas durante a amamentação, não temos opções seguras, infelizmente.

E aí o desmame, que normalmente deve ser conduzido de forma gradual, nesses casos precisa ser mais rápido e a mãe acaba sendo orientada a tomar um medicamento para supressão da lactação, ou seja, interrupção da produção de leite.

O bebê poderá receber leite ordenhado pela mãe anteriormente ao início do tratamento, caso ela tenha algum estoque, mas é importante que a família esteja preparada para lidar com possíveis dificuldades que o bebê possa apresentar para se adaptar à fórmula e/ou à nova maneira de alimentação. Mais uma vez, a rede de apoio se torna fundamental, já que a mãe neste momento está fragilizada com o diagnóstico, com o desmame, seus medos e angústias associados ao tratamento.