Por Redação Pais&Filhos | 16 de maio de 2024

A saúde auditiva das crianças é um aspecto crucial que merece atenção desde os primeiros anos de vida. Marcella Vidal, especialista em fonoaudiologia, ressalta a importância de observar o comportamento da criança em relação aos sons. Caso ela não se assuste ou reaja a barulhos intensos, isso pode ser um indicativo de dificuldades auditivas.

Criança usando aparelho auditivo
Perda de audição: como identificar (Créditos: Reprodução/ Unsplash)

 

Com o avanço da idade e o início da fase de aprendizado da fala, a audição desempenha um papel fundamental. “A capacidade de ouvir influencia diretamente no desenvolvimento da linguagem e na interação social,” explica Vidal. Portanto, identificar precocemente qualquer sinal de problema auditivo é essencial para garantir um crescimento saudável.

Entre as causas comuns da perda auditiva em crianças, estão fatores como baixo peso ao nascer, nascimento prematuro, malformações congênitas, meningite, acidentes e infecções recorrentes no ouvido. Certos medicamentos também podem afetar a audição.

Fone de ouvido
Créditos: Reprodução/ Unsplash

 

O diagnóstico precoce é vital para evitar impactos negativos no aprendizado e na vida social da criança. Sem a intervenção adequada, problemas como dificuldades escolares, timidez e barreiras no relacionamento podem surgir.

Para pais de crianças mais velhas, há sinais claros que podem indicar problemas auditivos. Se o seu filho aumenta o volume da televisão acima do normal, mostra-se frequentemente desatento ou disperso nas atividades diárias, é hora de buscar avaliação profissional.

Conheça os diferentes tipos de perda auditiva

Criança com perda auditiva
É fundamental levar seu filho ao médico se perceber uma dificuldade na audição (Foto: Freepik)

 

Natasha Slhessarenko, pediatra especializada pelo Delboni Medicina Diagnóstica, destaca que existem dois tipos principais de perda auditiva: condutiva e neurossensorial. A perda condutiva está relacionada à obstrução ou diminuição da passagem do som para o cérebro, causada por fatores como acúmulo de cera ou infecções. Já a perda neurossensorial ocorre devido a problemas no ouvido interno ou nas vias nervosas auditivas.

Em muitos casos, o tratamento pode incluir o uso de aparelhos auditivos, implantes cocleares ou cirurgia. Por isso, ao notar sinais de perda auditiva no seu filho, consulte imediatamente um pediatra ou otorrinolaringologista.

A importância do teste da orelhinha

Bebê sendo examinado
Saiba mais sobre o teste da orelhinha (Créditos: Reprodução/ Unsplash)

 

Desde 2010, o teste da orelhinha tornou-se uma prática obrigatória em hospitais e maternidades brasileiras. Realizado ainda no primeiro mês de vida do bebê, este exame simples e não invasivo é fundamental para detectar precocemente qualquer deficiência auditiva. Utiliza-se um dispositivo eletrônico que emite sons em diferentes volumes enquanto o especialista avalia a resposta auditiva da criança.

Caso seja identificado algum problema durante o teste, procedimentos mais detalhados serão recomendados pelo especialista para assegurar o melhor encaminhamento e tratamento possível.

Como o Teste da Orelhinha é feito

Orelha do bebê
O cuidado com a audição é fundamental para o desenvolvimento infantil (Créditos: Pixabay)

 

Com o bebê dormindo, uma fonoaudióloga coloca um fone de ouvido ligado a um computador no recém-nascido. Essa sonda emitirá sons, e o aparelho é capaz de identificar, por meio do retorno das ondas sonoras, a existência de algum problema.

A partir do segundo dia de vida. Todas as crianças devem fazê-lo antes dos três meses, mas é ainda mais importante em bebês que passaram pela UTI neonatal ou fazem uso de algum medicamento, nos prematuros ou com histórico de surdez na família.