Por Redação Pais&Filhos | 5 de abril de 2024

Em um caso que chocou o público, iniciou-se o julgamento de Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e Bruna Nathiele Porto da Rosa, acusadas pela morte do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de apenas sete anos. O trágico evento ocorreu em julho de 2021, na cidade de Imbé, localizada no litoral norte do Rio Grande do Sul. As acusações contra as duas incluem homicídio qualificado, tortura e ocultação de cadáver, com a expectativa de que a sentença seja anunciada nesta sexta-feira, 5 de abril.

Durante o interrogatório realizado na quinta-feira, 4 de abril, Yasmin se emocionou profundamente ao relembrar os momentos que antecederam a morte de seu filho. Entre lágrimas, ela descreveu como percebeu que Miguel estava sem vida e sua subsequente decisão de lançar o corpo do menino no Rio Tramandaí. “Eu sou um monstro… fui péssima como mãe,” desabafou Yasmin perante ao tribunal.

Caso Miguel Imbé
Yasmin confessou ter jogado o corpo do filho no rio – (Foto: Reprodução/TJRS)

 

Bruna Nathiele Porto da Rosa, por outro lado, reconheceu sua participação na tortura psicológica e na ocultação do cadáver, mas negou ter sido responsável pela morte do menino. O julgamento começou com o depoimento de várias testemunhas, incluindo policiais militares que atenderam a ocorrência e investigadores responsáveis pelo caso. Revelações sobre o comportamento das acusadas e as condições em que Miguel vivia foram trazidas à luz, destacando um cenário de abuso contínuo.

O delegado Antônio Ractz, que conduziu as investigações, caracterizou Yasmin como “a pessoa mais fria” que já havia encontrado. Foram revelados detalhes perturbadores sobre a rotina de castigos e agressões impostas ao menino, incluindo vídeos em que Miguel era mantido em um armário como forma de punição.

Caso Miguel Imbé
Bruna, ex-companheira da mãe do menino – (Foto: Reprodução/TJRS)

 

Desde o registro do desaparecimento de Miguel até hoje, as autoridades realizaram extensivas buscas pelo corpo do menino no Rio Tramandaí e áreas adjacentes sem sucesso. Imagens de câmeras de segurança mostrando as duas mulheres carregando uma mala foram cruciais para as investigações.