Por Victoria Raissa | 19 de junho de 2023

Na manhã desta segunda-feira, um jovem de 21 anos entrou em uma escola de Cambé, no Paraná e efetuou disparos contra os alunos deixando uma morta e outro gravemente ferido.

Segundo a polícia, o jovem era ex-aluno do Colégio Estadual Professora Helena Kolody, e foi até a unidade de ensino por volta das  9h30 minutos para segundo ele, solicitar o histórico escolar.

A policia foi acionada assim que tudo aconteceu
A policia prendeu o jovem ainda no local (Foto:Reprodução/Twitter/GoogleMaps)

No momento do tiroteio os alunos estavam no intervalo e os disparos atingiram uma aluna de 15 anos, que acabou morrendo vítima do ataque, e outro aluno ficou com ferimentos na região da cabeça e foi encaminhado para o hospital em estado grave.

O homem entrou na escola em que estudava e efetuou disparos contra os alunos
A policia recolheu as câmeras para investigação (Foto:Reprodução/Instagram)

Um funcionário da escola conteve o atirador preso em flagrante assim que a polícia chegou no local. Na mochila dele, os policiais também encontraram um machado. Após a apreensão, os investigadores recolheram as câmeras de segurança do colégio.

Como falar com meu filho sobre os ataques em escolas?

Antes de qualquer conversa é importante que os pais também acolham seus próprios sentimentos. Sandra Dedeschi, pedagoga, mestre em Psicologia Educacional e autora e assessora pedagógica da Semente Educação, fala sobre a importância de adultos conversarem com parceiros ou pessoas de confiança sobre o que estão sentindo. “Só assim é possível acolher as crianças, sem reforçar ou até mesmo potencializar as emoções desagradáveis que naturalmente estão presentes nesse contexto, como medo, ansiedade e angústia”.

Em casa, Roberta afirma que o primeiro passo é dar abertura para que os filhos coloquem suas dúvidas, falem sobre seus medos e compartilhem aquilo que ouviram lá fora ou através da tecnologia. “Validar o sentimento de medo, ou qualquer outra emoção que a criança expuser é fundamental para que ela possa reencontrar o equilíbrio e sentimento de segurança”.

Segurança nas escolas aumenta após ataques
Segurança nas escolas aumenta após ataques (Foto: Pexels/ Dids)

Depois de ouvir, é o momento de se colocar. “Diga que você está, junto com a escola e os outros pais, cuidando para que todas as crianças possam ficar tranquilas e seguras. Encerrar a conversa com uma fala positiva, do tipo ‘vai ficar tudo bem’ ou lembrando de algum personagem de quem a criança goste e que tenha superado um desafio ajuda a aliviar a pressão que seu filho possa estar enfrentando”, aconselha ela.

A psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento Helen Mavichian alerta que durante a conversa é preciso ser realista e não mentir, mas sempre manejando a forma como é falado, lembrando que crianças muito pequenas não conseguem processar informações complexas. 

“Não devemos sobrecarregar a criança com informações que ela não consiga processar e gerem angústias desnecessárias. O assunto deve ser abordado conforme as dúvidas surgirem, não traga esse assunto às crianças se não surgir a demanda”. Veja a matéria completa.

Veja também: Vacinas salvam vidas: tudo sobre a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe

Vacina é um tema tão essencial que, pela primeira vez, a Pais&Filhos se uniu ao Ministério da Saúde e Crescer nessa causa. Estamos juntos para conscientizar a população sobre a importância da imunização contra a gripe e estimular a vacinação, com foco nos grupos prioritários