Por Vitória Souza | 25 de junho de 2024

Os pais de um menino autista de 2 anos fizeram uma denúncia alegando que o seu filho teria sido dopado na creche em que ele ficava, na zona oeste do Rio de Janeiro. A família contou que perceberam que a criança estava mole, sem conseguir andar ou segurar a sua mamadeira  no dia 16 de junho. Para a mãe, Laís Torres, ele estava com um cansaço acima do normal e sem a coordenação motora que costuma ter. Ela frisa que o garoto tem apenas um atraso na fala, mas anda e brinca normalmente.

Menino autista de 2 anos é dopado pela creche
Foi encontrado Zolpidem no organismo do menino (Foto: Reprodução/ Rede Globo)

 

O comportamento do filho gerou preocupação na família, e os pais o levaram para a emergência do Hospital Municipal Rocha Faria. Os pais contam que no caminho, o menino chegou a ficar desacordado, “O médico disse que ia ministrar um remédio e ver se ia dar resultado, se não desse ele seria entubado. Foram os piores 20 minutos da minha vida”, contou a mãe. A criança passou por uma lavagem estomacal e recebeu medicação.

De acordo com a família, o médico responsável sugeriu que eles procurassem a polícia, pois os exames indicavam que o menino havia sido dopado. O boletim médico classificou o caso como intoxicação aguda e após isso, os pais registraram queixa na delegacia de Campo Grande. Mesmo com o diagnóstico médico, eles contam que a polícia não pediu nenhum exame, o que fez com que a família fizesse um em uma clínica particular, que encontrou 0,18 miligramas de Zolpidem no organismo da criança.

Nesta segunda-feira, 24 de junho, os pais do menino foram até a 10ª Coordenadoria Regional de Educação para tentar realocar o filho em outra unidade. Indignados, a família do garoto questionou o papel da escola de proteger e cuidar da criança, além de citar as dificuldades que enfrentam por conta do espectro, “O autismo não é para os pobres no Brasil, tudo é com muita briga”, desabafa Luiz, pai do menino.

Pais de menino autista
Pais do menino desabafam sobre as dificuldade que passam com o filho (Foto: Reprodução/ Rede Globo)

 

A Secretária Municipal de Educação está colaborando na investigação, em nota, a SME disse que assim que teve conhecimento da situação procurou a família para transferência do aluno, mas sem dizer quais serão as consequências para equipe responsável.