Por Mayara Neudl | 26 de junho de 2023

O jornalista e phD em física, matemática e astronomia pela Cornell University, Michael Guillen de 63 anos, relatou à Radio 4 da BBC a sua experiência de visita aos destroços do Titanic.

Guillen participou de uma expedição nos anos 2000, juntamente com o parceiro de mergulho Brian e o piloto russo Viktor. Eles estavam no submersível Mir, em uma época que só a Rússia e a França tinham submarinos capazes de suportar a pressão da água.

O físico, que era editor de ciência da rede americana ABC, foi o primeiro correspondente a fazer uma reportagem do local do naufrágio do Titanic. Segundo ele, são 2 horas e meia até avistar os destroços.

Ele relembra que ficaram presos entre as hélices do navio. “Do nada, houve uma batida. Nós simplesmente sentimos essa colisão e, de repente, vieram os detritos… pedaços enormes, pedaços enferrujados do Titanic começaram a cair sobre nós.”, contou.

Físico que estava em submarino que visitou o Titanic
“Eu continuo rezando poderosamente pelas cinco almas a bordo do Titan e a equipe de resgate procurando no Atlântico. Os perigos da jornada deles e a experiência de estar completamente & totalmente por conta própria é impossível de descrever” (Foto: Reprodução/Instagram @michaelguillenphd)

Passando por cima do que é chamado de campo de detritos, ao se aproximarem da área da popa, e após visitarem a proa, os tripulantes foram apanhados por uma corrente subaquática muito rápida.

Com as luzes apagadas, no completo escuro, eles se soltaram pela habilidade do piloto, de acordo com Michael, que tem medo de água. Enquanto estavam presos por 30 minutos, Guillen disse ter certeza que iria morrer.

“Foi quando aquela voz veio à minha cabeça — é assim que vai acabar para você. E senti quase uma paz sobrenatural.”, descreveu. “Logo comecei a fazer um inventário na minha cabeça: quanto nosso oxigênio vai durar, o que poderíamos fazer.”

Ele conta que se preparou para lidar com o pânico de alguém que estivesse junto a bordo, já que os tripulantes foram instruídos com uma história verídica de uma pessoa que, em meio ao desespero em um problema em sua viagem, saiu pela escotilha e a força da água agiu “como uma lâmina de barbear”.

Ao falar das vítimas do submarino Titan, o físico se emocionou e descreveu a excursão como uma situação muito hostil.

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