Por Yulia Serra | 29 de fevereiro de 2024

Maria Aparecida, mãe de Alexandre Nardoni, faleceu aos 67 anos de idade na última quarta-feira, 28 de fevereiro. A notícia foi divulgada nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, em matéria do portal R7

O funeral e o sepultamento estão marcados justamente para o dia 29 no Cemitério Parque dos Pinheiros, em São Paulo. Ainda não foi divulgada a razão da morte, mas ela acontece em meio a chance de Alexandre sair da prisão e ir para regime aberto. 

Alexandre Nardoni e a filha
Alexandre Nardoni está preso acusado de matar a filha (Foto: Reprodução)

 

Alexandre Nardoni vai para regime aberto

Alexandre Nardoni deverá passar para o regime aberto a partir de 6 de abril. A decisão para essa progressão se deu após Nardoni pedir redução da pena que cumpria, fundamentado em dias trabalhados e na leitura de um livro enquanto esteve na prisão. A juíza Marcia Beringhs Domingues de Castro, da 2ª Vara das Execuções Criminais, da Comarca de Taubaté, acatou o pedido em setembro de 2023.

Segundo a decisão, Nardoni teve sua pena reduzida em 96 dias devido ao trabalho realizado na prisão por 277 dias, além do tempo dedicado à leitura do livro “Carta ao Pai”, de Franz Kafka, durante 26 dias. Esse livro faz parte do programa de incentivo à leitura chamado ‘Lendo a Liberdade’. A obra, descrita pela editora como uma carta jamais enviada pelo autor ao seu pai, aborda questões de reconciliação e vingança, oferecendo uma reflexão profunda sobre as relações familiares e a passagem para a vida adulta.

A defesa de Nardoni, ao comentar sobre a progressão para o regime aberto, preferiu manter-se em silêncio. Contudo, mencionou que o condenado apresenta boa conduta carcerária, sem registros de faltas disciplinares graves ao longo de seu período na prisão.

No regime aberto, Nardoni poderá cumprir sua pena fora das grades, trabalhando durante o dia e recolhendo-se à noite em um endereço autorizado pela Justiça. Embora a legislação determine o recolhimento em uma casa de albergado durante a noite, o Estado de São Paulo não possui essa estrutura, então os presos, na prática, retornam para suas casas.