Por Redação Pais&Filhos | 25 de novembro de 2021

Rozalba Maria Grime foi condenada a 56 anos e 10 meses de prisão, com penas somadas, por ter assassinado uma jovem no 8º mês de gestação e retirado o bebê de dentro do corpo da mãe, pela Justiça de Santa Catarina, na madrugada desta quinta-feira, 25 de novembro.

O crime ocorreu há 1 ano e 3 meses na cidade de Canelinha, em Santa Catarina. Rozalba aguardava a decisão do júri popular enquanto cumpria prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Florianópolis. O julgamento começou por volta das 8h40 desta quarta-feira, 24 de novembro, e durou mais de 15 horas. A acusada depôs no final da tarde, depois que todas as testemunhas foram ouvidas.

Rozalba foi condenada a 56 anos de prisão
Rozalba foi condenada a 56 anos de prisão (Foto: Reprodução/ SCC SBT/ Ronaldo Penido)

De acordo com Tribunal do Júri de SC, Rozalba respondeu processo pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel; ocultação de cadáver; parto suposto; subtração de incapaz e fraude processual.

Entenda o caso

Rozalba Maria Grime forjou uma gravidez enquanto planejava o assassinato da amiga que realmente estava esperando um bebê. Para colocar o plano em prática, disse à vítima que organizaria um chá de bebê no dia 27 de agosto de 2020. O local era uma cerâmica abandonada. Lá, Rozalba golpeou diversas vezes a mulher usando um bloco de barro.

Após o confronto, a vítima teve a barriga aberta com um estilete. O bebê foi retirado e levado pela acusada, que, depois de encontrar com o marido — que até aquele momento acreditava na falsa gravidez — levou a criança até o hospital da cidade e justificou que o nascimento tinha acontecido na rua. A equipe médica estranhou o ocorrido e entrou em contato com a Polícia Militar que logo iniciou as investigação.

O corpo da mulher foi encontrado na manhã do dia seguinte. De acordo com o portal G1, Rozalba foi levada a delegacia e confessou o crime. O marido negou participação e foi solto no dia 7 de outubro e absolvido pela Justiça quase um ano após o assassinato, em julho de 2021. Segundo o promotor do caso, o homem não tinha conhecimento do plano da esposa.