Por Beatriz | 16 de agosto de 2023

Um pai viajou cerca de 700 km para doar o seu rim para a filha. Deoclécio Vechi, de 61 anos, saiu de Foz do Iguaçu, no Paraná, para se reencontrar em Campo Grande com a filha, Anna Laura Barros Vechi, de 30 anos. Em entrevista ao portal ‘Campo Grandes News’, ele falou que só se encontrava com a filha em suas férias e contou detalhes da cirurgia da mulher.

“Desde o início meus familiares se prontificaram a serem meus doadores, mas, ali eu já sabia que poderia ser o meu pai, por termos o mesmo tipo sanguíneo e ele ser uma pessoa saudável, atendendo às principais exigências”, contou Anna.

Pai viaja 700 km para doar rim para filha
Pai viaja 700 km para doar rim para filha que mora em outro estado (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Ela comentou que tinha medo de seu pai fazer a cirurgia para o transplante, mas que esse foi o ‘melhor presente da vida’.”Ele [o pai] sempre quis, desde o início, ser meu doador. Falava muito que queira ser. Eu queria que aparecesse um órgão de doador não vivo, porque não queria submeter meu pai à cirurgia, me sentia muito responsável e preocupada”, disse a filha.

Em 2018, a mulher foi diagnosticada com uma doença renal crônica e o transplante era a sua única alternativa para evitar a hemodiálise. Após uma série de exames, a família descobriu em meio à pandemia do Covid-19 que o pai de Anna era compatível para a doação.

Pai viaja 700 km para doar rim para filha
Pai viaja 700 km para doar rim para filha (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

“Em junho de 2019 iniciamos o processo do transplante pela Santa Casa de Campo Grande, é um processo bem lento e burocrático, demorou aproximadamente seis meses. Meu pai foi compatível e estava saudável a apto a doar. Enfim, foi programada a cirurgia para abril de 2020, mas, infelizmente, chegou a pandemia e foram canceladas as cirurgias eletivas, assim, pertinho do nosso sonho se tornar realidade”, declarou a mulher ao portal.

A cirurgia do transplante foi bem sucedida e agora ambos seguem bem de saúde. “Entre esperas, angústias e incertezas, passei mais um ano e nove meses fazendo hemodiálise. Até que em setembro ou outubro de 2021 a maravilhosa Dra. Rafaela Campanholo me ligou e falou que queria me operar ainda aquele ano, nem que fosse passar o Natal na sala de cirurgia. Então, retomamos alguns exames. Graças a Deus estava tudo certo e, em 14 de dezembro de 2021, realizamos o transplante”, relatou Anna.