Por Malu Lopes | 8 de junho de 2024

Na madrugada do dia 5 de junho, o corpo de Kaique Gabriel Lima da Silva, um menino de 4 anos, que estava desaparecido desde segunda-feira, dia 3 de junho, foi encontrado dentro de uma piscina em um salão de festas onde a família estava fazendo uma confraternização. O caso aconteceu na comunidade do Rollas, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Criança fazendo um joinha com as mãos
Kaike Brito foi encontrado afogado em Zona Oeste do Rio – Reprodução: Redes Sociais

 

Desde então, a 36ª DP (Santa Cruz), investiga o caso. O delegado responsável,  conta que o foco da investigação é entender o momento em que a criança caiu na piscina e se afogou, tendo em vista que a família estava por perto.

O pai da criança,  Marco Aurélio de Paula Lima contou em depoimento que a mãe só notou o desaparecimento do menino no dia seguinte. “A mãe dele me contou que achou que o Kaique estava na casa da minha sobrinha porque ele tinha o costume de ir para lá. Na segunda-feira, por volta das 14h, ela pediu para a irmã mais velha dele ir buscá-lo, mas ele não estava na residência. Eu fiquei sabendo do caso e corri para os hospitais atrás dele, só que não achamos. Nisso, eu fui na delegacia e registrei um boletim de ocorrência na 36ª DP (Santa Cruz). “, contou Marco.

Piscina
O corpo da criança de quatro anos foi encontrado dentro de uma piscina de um salão de festas (Foto: Arquivo Pessoal)

 

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a criança teve asfixia mecânica por causa de  afogamento, segundo o G1. “Quando se constata que morreu por asfixia, a pessoa que não tem conhecimento sobre o assunto associa diretamente a um crime. Até pode ser, mas não necessariamente. As circunstâncias desse caso ainda não indicam uma conduta criminosa”, explicou o delegado Edézio Ramos.

“Não há nenhum sinal de que ele foi submetido a algum tipo de violência, não temos essa informação até o momento. Estamos reunindo outros elementos para montar esse quebra-cabeça e entender em que momento ele voltou para a piscina”, declara o delegado, em entrevista para o G1.

Apesar de não haver evidências de que se trata de um crime, a negligência dos familiares continua sendo investigadas pela polícia. “Ele morreu afogado, isso é um fato, o que serão analisadas serão as circunstâncias disso. A água da piscina estava muito turva. Quando uma pessoa se afoga, a tendência é, em um primeiro momento, ir para o fundo. A criança estava no fundo e depois de um momento emergiu. Isso é o que está sendo analisado. Sabemos que ela passou algumas horas sem vida dentro da água”, finaliza o delegado.