Por Beatriz Possebon | 3 de fevereiro de 2025

A chegada de um bebê é uma verdadeira revolução na vida do casal! Entre fraldas, mamadas e noites mal dormidas, muitos pais se perguntam: quando e como voltar a ter uma vida sexual ativa? Se você está passando por isso, calma. É totalmente normal ter dúvidas (e até medos) sobre essa fase. Vamos falar sobre tudo de forma leve e descomplicada.

O corpo da mulher passa por muitas transformações depois da gravidez e isso pode afetar a sensibilidade (Foto: Freepik)

Quando voltar? Cada corpo tem seu tempo

Você já deve ter ouvido falar da famosa “quarentena”, um período de 40 a 60 dias de abstinência recomendado pelos médicos. Esse tempo permite que o corpo se recupere do parto, reduzindo riscos de infecções e garantindo que o útero cicatrize direito.

Mas a grande verdade é que não existe um prazo mágico. Algumas mulheres sentem vontade de retomar a intimidade logo no segundo mês, enquanto outras levam mais tempo. Tudo bem! O importante é respeitar seu corpo e conversar com seu parceiro sobre o que você está sentindo.

Primeiras relações: pode ser diferente, e tudo bem!

Se a primeira vez depois do parto não for como um filme romântico, fique tranquila! Seu corpo passou por muitas transformações, e isso pode afetar a sensibilidade, lubrificação e até mesmo a disposição para o sexo.

Durante a amamentação, os níveis de estrogênio caem, o que pode causar secura vaginal. Um lubrificante à base d’água pode ajudar. Outra dica é investir em carinhos e momentos de cumplicidade antes de partir direto para a penetração.

E o tipo de parto? Influencia?

Sim! Mulheres que tiveram parto normal podem ter pequenas lacerações, o que exige um tempo extra de cicatrização. Já quem passou por cesárea pode sentir desconforto na região da cicatriz, especialmente em algumas posições.

O segredo é experimentar com calma e respeitar seus limites. Se algo incomodar, pare e tente outra abordagem. E lembre-se: um bom bate-papo com o médico pode esclarecer muitas dúvidas.

Amamentação e desejo sexual: o que muda?

O hormônio prolactina, que é responsável pela produção do leite, pode diminuir a libido. Some isso à rotina puxada dos cuidados com o bebê e pronto: o cansaço pode levar a vida sexual para o final da fila de prioridades.

Se isso estiver acontecendo, converse com seu parceiro. Pequenos gestos de carinho e cumplicidade ao longo do dia podem fortalecer a conexão do casal e ajudar na retomada do desejo. A comunicação honesta entre vocês é muito importante (e não só nesse momento).

Contracepção no pós-parto: não dê bobeira!

Muita gente acredita que, enquanto estiver amamentando, é impossível engravidar. Mas isso não é 100% garantido.

A amenorreia da lactação (período sem menstruação) pode reduzir as chances de ovulação, mas não é um método contraceptivo confiável. O ideal é conversar com o ginecologista sobre as opções mais seguras para você e seu parceiro.

Pode levar um tempo para tudo voltar ao normal, mas com paciência, carinho e diálogo, a vida sexual do casal pode se tornar ainda melhor. Respeite seu ritmo, explore novas formas de intimidade e, acima de tudo, aproveite essa fase de descobertas.

Ouça seu próprio corpo, respeite seu tempo e converse com seu parceiro (Foto: Getty Images)

Quando posso voltar a ter relações sexuais depois do parto?

A famosa “quarentena” (período de 40 a 60 dias) existe para permitir que o corpo da mulher se recupere. Durante esse tempo, o útero volta ao tamanho normal, o sangramento pós-parto diminui e possíveis pontos cicatrizam. Mas essa não é uma regra universal.

O ideal é conversar com o médico para entender se já está tudo certo para retomar a vida sexual. Afinal, cada parto é único e a recuperação pode variar bastante. Além disso, fatores como o tipo de parto (normal ou cesárea), a presença de lacerações e até mesmo o estado emocional da mãe influenciam esse retorno.

Mais importante do que seguir um prazo padrão é ouvir o próprio corpo e respeitar os sinais que ele dá. Se ainda houver dor, desconforto ou falta de vontade, não tem problema esperar mais um pouco. O importante é que a retomada aconteça quando a mulher se sentir realmente pronta, sem pressões externas ou comparações com outras mães.