Por Renata Fiedler | 8 de julho de 2025

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou uma nota oficial após declarações de um ex-professor da instituição ganharem grande repercussão. Marcos Dantas Loureiro, que atuava na Escola de Comunicação e está aposentado desde 2022, usou suas redes sociais para comentar, de forma agressiva, sobre a filha de Roberto Justus e Ana Paula Siebert, Vicky, de apenas cinco anos.

O caso ganhou força quando o professor publicou, no X (antigo Twitter), a frase “só guilhotina” em resposta a uma postagem que criticava o uso de uma bolsa de grife pela menina, avaliada em R$ 14 mil. A expressão é uma referência direta a execuções feitas durante a Revolução Francesa.

Universidade diz não compactuar com o conteúdo

Em resposta à polêmica, a UFRJ afirmou que as declarações foram feitas em caráter pessoal e não refletem a posição da universidade. Em nota divulgada nesta segunda-feira (7), a instituição declarou:

“As postagens publicadas pelo docente em suas redes sociais digitais expressam suas opiniões pessoais. A UFRJ repudia qualquer tipo de expressão de pensamento que incite à violência ou agrida a terceiros.”

A universidade também destacou que Marcos Dantas está aposentado há dois anos e, portanto, não tem vínculo ativo com atividades acadêmicas da instituição.

Família Justus reage e promete tomar providências

Roberto Justus e Ana Paula Siebert se pronunciaram com indignação após o episódio. Segundo o casal, a postagem feita por Marcos Dantas encorajou novos ataques contra sua filha.

(Foto: Reprodução/Instagram @anapaulasiebert)

“Mandaram muitos prints pra gente, falando que só guilhotina resolve. A pessoa que escreveu isso, foi denunciada em algumas horas e apagou, mas nós temos os prints. Os responsáveis não sairão impunes!”, declararam os dois.

A repercussão gerou debate nas redes sociais, com muitas pessoas exigindo responsabilização do autor das mensagens e criticando o ódio direcionado a uma criança.

Repercussão levanta debate sobre limites da liberdade de expressão

O caso reacendeu discussões sobre os limites entre liberdade de opinião e incitação à violência, especialmente quando o alvo é uma criança. Personalidades públicas e internautas demonstraram solidariedade à família Justus e pediram que medidas legais sejam tomadas.

A publicação já foi apagada, mas o casal afirmou que tomará providências legais para que os envolvidos sejam responsabilizados. Até o momento, não houve pronunciamento oficial do professor.