Por Malu Lopes | 16 de janeiro de 2025

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência destinado a prevenir uma gravidez após relações sexuais desprotegidas ou quando um método contraceptivo normal falha, como o rompimento do preservativo. Este artigo visa a esclarecer o funcionamento, a utilização correta e os efeitos colaterais deste medicamento.

Existem dois tipos principais de pílula do dia seguinte: uma composta por levonorgestrel, usada até 72 horas após o ato, e outra por acetato de ulipristal, que pode ser utilizada até cinco dias após o contato íntimo. O objetivo principal destes medicamentos é atrasar ou impedir a ovulação, reduzindo assim a possibilidade de gravidez.

Como a pílula do dia seguinte atua?

A função da pílula do dia seguinte baseia-se em três mecanismos principais: inibição ou adiamento da ovulação, modificação do muco cervical para dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo, e alteração da mobilidade gamética nas tubas uterinas. No entanto, ela não tem efeito sobre um óvulo já implantado.

O tempo é essencial na eficácia da pílula. Quanto mais cedo ela é tomada após a relação desprotegida, maior é a sua eficácia em evitar uma gravidez. Recomenda-se que o uso aconteça o mais breve possível dentro das 72 horas seguintes ao evento desprotegido.

 A pílula do dia seguinte é uma medida de emergência (Foto: Getty Images)

Quando tomar e quais são as precauções?

Deve-se considerar a pílula do dia seguinte uma medida de emergência e não um método contraceptivo regular. Ela é indicada nas seguintes situações: relações sem proteção, falha do anticoncepcional habitual, expulsão do DIU ou em casos de violência sexual.

É importante ressaltar que a pílula pode trazer alguns efeitos colaterais, como náusea, cefaleia, dor nas mamas e irregularidades menstruais. Seu uso contínuo ou frequente pode aumentar o risco de efeitos adversos significativos, como problemas cardiovasculares.

Possíveis efeitos colaterais e contraindicações

Embora muitas mulheres não experimentem efeitos adversos graves, algumas podem sentir desconfortos temporários. A pílula do dia seguinte não é indicada para mulheres grávidas ou que suspeitem de gravidez, pessoas com histórico de trombose ou certos tipos de câncer, entre outras condições de saúde específicas.

Além disso, o uso dessa pílula deve ser evitado por pessoas que fazem uso de determinados medicamentos que poderiam reduzir sua eficácia. É sempre recomendado consultar um ginecologista antes de optar por este método.

É efetiva a pílula do dia seguinte?

A eficiência da pílula do dia seguinte varia de acordo com fatores como o tempo de ingestão após o evento e o momento do ciclo menstrual. Em geral, seu sucesso em prevenir uma gravidez é elevado se tomada corretamente e no prazo recomendado.

Ainda assim, a possibilidade de gravidez não é completamente eliminada, e qualquer atraso menstrual significativo após seu uso deve ser avaliado com um teste de gravidez.