Por Marilia Navarro | 8 de fevereiro de 2025

Quando falamos de gravidez, a placenta é uma super heroína silenciosa, trabalhando incansavelmente para garantir que o bebê receba tudo o que precisa. No entanto, em algumas situações ela pode não funcionar da forma ideal, e é aí que entra a insuficiência placentária. Mas calma, não se assuste. Vamos entender melhor o que isso significa e como a mãe e o bebê podem receber o acompanhamento certo.

Uma placenta saudável é capaz de garantir tudo o que o bebê precisa (Foto: Freepik)

O que é a insuficiência placentária?

A insuficiência placentária acontece quando a placenta não consegue fornecer nutrientes e oxigênio suficientes para o bebê, e isso pode afetar o seu crescimento e bem-estar, mas a boa notícia é que, com o monitoramento adequado, a maioria das gestantes pode ter uma gravidez tranquila. Para isso, é preciso estar atenta e contar com o apoio médico.

Quais são as causas da insuficiência placentária?

A insuficiência placentária pode ser causada por uma série de fatores. As principais causas são:

  • Doenças maternas como hipertensão e diabetes;
  • Hábitos prejudiciais: uso de medicamentos, tabagismo ou consumo de drogas;
  • Altos níveis de estresse;
  • Sequela de infecções. 

A pré-eclâmpsia, uma condição relacionada à pressão alta, também está frequentemente ligada à insuficiência placentária. Quando diagnosticada, é necessário monitorar com atenção para garantir o bem-estar do bebê. 

Às vezes a causa exata não é encontrada, por isso o acompanhamento médico é fundamental.

Como o médico acompanha a gestação?

Infelizmente, não existe um “remédio mágico” para a insuficiência placentária, mas existem várias formas de ajudar o bebê a se desenvolver de maneira saudável e essas são algumas recomendações:

  • Repouso e alimentação saudável: dieta balanceada e rica em proteínas;
  • Monitoramento frequente: acompanhamento médico e realização de exames para avaliar o fluxo sanguíneo e a quantidade de líquido amniótico; 
  • Ajustes no estilo de vida: evitar o consumo de sal em excesso, não fumar e controlar o ganho de peso.

Em alguns casos o médico pode sugerir um parto antecipado, especialmente se houver risco para a saúde do bebê, mas tudo isso é para garantir que ele nasça saudável.

Quais são os riscos para o bebê?

Os principais riscos da insuficiência placentária incluem o bebê não se desenvolver adequadamente dentro da barriga (conhecido como restrição de crescimento intrauterino) e a necessidade de um parto mais cedo. Em casos mais graves, pode haver complicações respiratórias, dificuldades para manter a temperatura ou até mesmo problemas de açúcar no sangue.

Mas calma, o acompanhamento médico constante ajuda a reduzir esses riscos e a maioria dos bebês se desenvolve bem quando a gestante segue as orientações da equipe de saúde.

O acompanhamento médico rigoroso é essencial em gestantes com insuficiência placentária (Foto: Freepik)

Insuficiência placentária em gravidez futura

Se você já teve insuficiência placentária em uma gravidez anterior, pode ser que a mesma situação aconteça em outra gestação. Doenças crônicas ou hábitos de vida continuam a influenciar, então é muito importante ter um médico experiente acompanhando o pré-natal.

A comunicação aberta entre a mãe e o médico é essencial para garantir um plano de cuidados ideal para a saúde de todos, e com isso, a chance de uma gravidez saudável aumenta muito.