Em 2009, o nome de Alfie Patten, então com apenas 12 anos, foi amplamente divulgado quando ele foi considerado o pai mais jovem da Inglaterra. A notícia ganhou as manchetes de jornais internacionais e rapidamente se tornou um assunto polêmico e chocante. Alfie revelou ter se tornado pai de uma bebê, fruto de sua relação com Chantelle Steadman, uma adolescente de 15 anos. Mas o que aconteceu com Alfie após essa história que abalou o país? E será que ele realmente era o pai da criança? Vamos entender a trajetória do menino que ficou mundialmente conhecido e o que ele enfrenta atualmente.
Em 2009, Alfie e Chantelle se tornaram um dos casais mais comentados da Inglaterra, quando anunciaram que teriam um filho. O relacionamento deles começou quando Alfie, aos 12 anos, foi dormir na casa de Chantelle. A jovem ficou grávida e, rapidamente, a história se espalhou. A mãe de Alfie, Nicola, contou ao jornal Mirror que sempre perguntava ao filho se ele realmente tinha se envolvido com Chantelle, e ele sempre confirmava, dizendo que seria um bom pai. “Na época, eu perguntei repetidas vezes para meu filho se ele era o pai, se ele realmente havia tido relação com a Chantelle, e ele me dizia que sim e que seria um ótimo pai”, relembrou Nicola.
Com a chegada da bebê, Alfie, que havia acabado de completar 13 anos, foi aclamado como “o pai mais jovem da Inglaterra”. A mídia o retratou como um garoto responsável e dedicado, pronto para encarar os desafios da paternidade. Chantelle, por sua vez, também confirmou a paternidade de Alfie. “De repente, o nome do meu filho estava em todos os lugares, e eu e meu marido estávamos sendo considerados péssimos pais por todo mundo”, contou Nicola, referindo-se ao julgamento da sociedade na época.
Porém, o que parecia ser uma história de paternidade precoce logo se transformou em um grande mal-entendido. Quando a bebê tinha apenas seis semanas de vida, um teste de DNA foi realizado para confirmar se Alfie realmente era o pai. O resultado foi um choque para todos: o garoto de 13 anos não era o pai da criança. Na verdade, o verdadeiro pai da bebê era outro adolescente de 15 anos.

Nicola, em um momento de reflexão, explicou o impacto dessa revelação. “Na realidade, ele nunca tinha tido uma relação. A Chantelle falou para ele que ele era o pai, e o Alfie acreditou. Hoje, eu acho que deveríamos ter questionado mais o Alfie quando ele nos falou que iria ser pai”, admitiu a mãe, lembrando-se de como as coisas poderiam ter sido diferentes se tivessem se aprofundado mais nas perguntas.
Alfie, ao descobrir que não era o pai da bebê, passou por um período de grande confusão e tristeza. Em uma entrevista posterior ao Mirror, ele revelou como lidou com o resultado do teste de DNA. “Quando eu descobri o resultado do teste de DNA, eu fiquei triste no início. Eu já estava querendo muito ser pai, eu queria tanto isso que acreditei que era verdade. Mas depois eu segui em frente, minha família e meus amigos me ajudaram”, explicou Alfie.
Sua mãe, Nicola, também recordou o momento em que teve que contar a verdade ao filho. “Ele chorou bastante quando soube que não era o pai. Quando nós falamos para o Alfie que a bebê não era dele, ele ficou totalmente histérico. Ele começou a chorar muito e depois saiu correndo do quarto, muito devastado. Ele foi correndo para a garagem e sentou dentro do carro ao lado de sua irmã Jade. E foi isso. Nós nunca mais conversamos sobre isso. Ele ficou triste e chateado. Já é uma situação difícil para um adulto, imagine para um garoto de 13 anos”, relatou, com pesar.
O que aconteceu com Alfie depois dessa fase turbulenta de sua adolescência não foi nada fácil. Dez anos após a polêmica, aos 23 anos, Alfie se viu em sérios problemas com a justiça. Ele enfrentava dificuldades financeiras e estava lutando contra o alcoolismo. Sua vida tomou rumos ainda mais complicados quando, em um episódio de fúria provocado pelo álcool, ele foi parar nos tribunais.
Durante um desses momentos, Alfie foi acusado de agredir idosos em uma rua e de danificar propriedades, como uma cerca e um carro. Além disso, ele já enfrentava outras acusações, incluindo furtos e roubos com o uso de uma arma falsa. Como resultado, Alfie foi condenado a um mês de reabilitação. A imprensa britânica destacou que ele havia sido apoiado por sua família, um alicerce que poucas pessoas em situações semelhantes ainda tinham.
Ao longo do julgamento, a juíza que o acompanhava observou que poucas pessoas em sua situação contavam com o suporte familiar que Alfie ainda possuía. No entanto, os problemas de Alfie não pararam por aí. A partir desse ponto, as informações sobre sua vida se tornaram mais escassas, e desde então, pouco se sabe sobre o seu atual estado.