Por Laura Krell | 22 de outubro de 2025

No Brasil, a estimativa é de que 3 mil crianças nascem com anemia falciforme a cada ano. Além disso, outras 200 mil apresentam alguma característica dessa condição.

Mas, felizmente, existem formas de detectá-la precocemente, como o famoso Teste do Pezinho. A partir desse exame, é possível acompanhá-la e tratá-la com rapidez.

Logo abaixo, confira as respostas das pediatras Dra. Francielle Tosatti e Dra. Renata Aniceto para as dúvidas mais frequentes sobre essa doença.

O que é anemia falciforme?

Segundo a Dra. Francielle, a anemia falciforme muda o formato dos glóbulos vermelhos, células que levam oxigênio para os tecidos e órgãos.

“Um glóbulo vermelho é uma célula do sangue que normalmente tem o seu formato arredondado. Já na anemia falciforme, essa célula tem um formato achatado e semelhante a uma lua crescente ou uma ‘foice’”, explica.

Quais são as causas?

A doença tem origens genéticas, então é passada para a criança por meio do DNA. Porém, a Dra. Francielle explica que existem alguns outros gatilhos que podem causar as crises falciformes. Alguns deles são:

  • Desidratação;
  • Mudanças bruscas de temperatura;
  • Viagens para lugares de alta altitude;
  • Infecções.

“Contudo, elas também podem ocorrer espontaneamente, não sendo possível serem previstas. Por isso, é fundamental estar sempre atento aos sintomas e sinais de alerta e manter o acompanhamento com o pediatra e o hematopediatra em dia”, completa.

Em quais sinais preciso ficar de olho?

Os sintomas costumam aparecer depois dos seis meses de vida. Isso acontece porque, a partir desse período, a hemoglobina fetal começa a cair.

Pensando no que você deve observar no dia a dia, estes são alguns dos principais fatores:

  • Crises de dor;
  • Dores nos ossos e nas articulações;
  • Inchaço nas mãos e nos pés;
  • Febre;
  • Náuseas;
  • Icterícia.

Quais são os riscos?

Com o acompanhamento regular do pediatra, a sobrevida da criança aumenta e a qualidade de vida melhora.

Mas ainda existem alguns riscos significativos. “Como as complicações são agudas e obstrutivas, temos risco de perda de função ou falência de órgãos, seja por obstrução ou falta de oxigenação”, comenta a Dra. Renata.

Também há outras consequências importantes de se conhecer, como o AVC, as úlceras e as pneumonias de repetição.

Como é o tratamento?

As vacinas são importantes no tratamento da anemia falciforme. Foto: Freepik

Depois do diagnóstico, o bebê precisa de acompanhamento médico contínuo. Além disso, os profissionais da saúde instruem a família em relação a possíveis sinais de piora.

“É importante ter consciência de medidas preventivas como suplementação com ácido fólico e imunizações especiais”, informa a Dra. Renata.

A Dra. Francielle complementa: “É importante manter todas as vacinas em dia, especialmente antipneumocócica e vacina anti-Hib. Enquanto alguns tratamentos buscam prevenir as possíveis complicações da anemia falciforme, outros são focados em aliviar a dor e as infecções”.

Tem cura?

Dependendo da idade, o tratamento curativo pode ser uma boa opção. “É possível realizar o transplante de medula óssea, mas o tratamento só é indicado para pessoas com até 16 anos e com indicações específicas”, afirma a Dra. Francielle.

Por isso, é essencial procurar um médico especialista, que pode avaliar cada caso individualmente.

Seja uma parceira do Clube Pais&Filhos e faça uma renda extra!

Lançamos um programa de afiliados no Clube Pais&Filhos, onde você encontra uma curadoria especial de produtos que acompanham cada fase — da gestação à infância — com descontos de até 50%. Você pode começar agora mesmo a faturar em cima dessas vendas!

Quer ser nossa afiliada? Clique aqui e faça parte!

Leia mais